Eu estava passando férias na casa da tia Nasta em União da Vitória. Estava com 12, 13 anos. Minha prima Sueli perguntou se eu tinha assistido um filme chamado Sete Noivas Para Sete Irmãos. Respondi que não, e ela, deliciosamente, contou o filme tão detalhadamente que as cenas que eu criei ficaram perpetuadas na minha cabeça. Quando escutava ou mesmo via algum artigo sobre o filme logo me interava, de tão forte que ficou na minha lembrança. Passado muitos anos, uns 15 anos mais ou menos, eu estava indo para Lisboa com escala em Recife, quando por problemas técnicos o avião precisou de manutenção. Como a previsão para continuar a viagem seria na tarde do dia seguinte fomos para o hotel. No dia seguinte acordei tarde. Estava assistindo TV, durante o café da manhã, quando anunciou que na sessão da tarde iria passar o bendito filme. Meus amigos me ligaram pra ir a praia ou mesmo passear, pois o dia estava lindo, ensolarado. Disse que não poderia, pois não perderia a chance de assistir um filme que encantou minha prima e que eu estava pronto para me deliciar também. Se arrependimento matasse eu teria, não morrido mas, matado minha prima. Um filme chato, olha que eu gosto de musical, insuportável, sem graça, com situações mirabolantes. Perdi um dia e tanto em Recife para assistir uma droga, trancado no quarto de hotel. Enfim até hoje damos risada sobre isso. A foto é em Recife, 1978, na praia de Boa Viagem.
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