“Oi filhinho! Tudo bom? Vem dar um beijinho na madrinha”. E lá ia eu. “A madrinha te trouxe um presente”. Sempre tinha que gostar, podia nunca mais usar, ou se fosse um brinquedo, deixá-lo de lado, mas sempre tinha que agradecer muito. “Vista a camisa e ponha uma calça! Vamos no jardim tirar uma foto.” Assim mesmo, imperativa. Desenfarusque essa cara, faça uma pose, ponha o pé mas pro lado, não fique ai parado feito não sei o que, vá, vá... E eu ia obedecendo. Mesmo porque não adiantava de nada fazer o contrário. Mas o detalhe mais importante da foto é a falta de enquadramento. Marca registrada da tia Verinha. As vezes ela errava e a foto saia perfeita.
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